quarta-feira, 13 de abril de 2022

ABRIL

 

1º/04/2021 – Lançamento do Pavio Curto 21 


 
Com o slogan “Um jornal crítico e bem humorado” e tendo como patrono Henfil e inspiração no Pasquim, o projeto do Pavio Curto nasceu em 2001, quando foram lançadas cinco edições impressas por quatro jornalistas e chargistas do Sul Fluminense. Logo o grupo se ampliou com vários ativistas de movimentos populares da região.

Mesmo com a cotização de amig@s do Pavio, os custos de impressão e o boicote das bancas de jornais à imprensa alternativa impediu a continuidade do projeto. Mas a chama nunca se apagou, com duas tentativas de retorno em 2013 e 2017. E, no início de 2021, segundo ano da Pandemia, o grupo original voltou a se reunir e retomou o projeto. Em 31 de março, um debate em defesa da democracia e contra o fascismo marcou o lançamento do Pavio Curto 21, agora digital, cuja primeira edição foi para as redes em 1º de abril.

O projeto político editorial foi atualizado, incorporando novas pautas, seções e vários colaboradores, os “acendedores” e “amig@s” do Pavio Curto, abarcando inúmeros lugares de fala, diversas áreas de atuação e regiões, com foco no Sul Fluminense. Também os patronos – as “fagulhas que nos inspiram” – aumentaram, expressando maior diversidade.

Refirmando suas origens, o Pavio Curto 21 assume que “é apartidário, mas sempre tomará partido”, negando a falsa neutralidade jornalística. “Na verdade, ela encobre a cumplicidade com o atual estado de coisas”, afirma o seu editorial de lançamento. A crítica política e social bem humorada através da utilização da linguagem da charge, do cartum, da caricatura e dos quadrinhos é outra marca do Pavio. 

Mais que um jornal alternativo, o Pavio Curto 21 é um Coletivo de Cultura e Mídia Popular, promovendo debates, palestras e outras atividades formativas e culturais para a denúncia, crítica e luta contra o avanço do fascismo e o capitalismo, estimulando a polêmica e incentivando a construção de uma alternativa que aponte para uma nova sociedade, em defesa da vida, da democracia, da justiça social, do respeito à diversidade, da paz e do amor.

Texto: Alvaro Britto

Ilustração: Cacinho

#paviocurto21    #aniversario   #forabolsonaro

 

07/04

Dia Mundial da Saúde

Dia Nacional do Jornalista

 

13/04 – Dia Internacional do Beijo



É comemorado em homenagem ao beijo mais longo que já foi gravado, resultado de um concurso realizado na Tailândia, onde em 2011 um casal estabeleceu um recorde mundial com o beijo mais longo, que durou 46 horas, 24 minutos e 9 segundos. Mais tarde, em 2013, o mesmo casal quebrou o seu recorde ao se beijar por um tempo de 58 horas 35 minutos e 58 segundos.

Mas há também a versão de uma lenda italiana sobre um jovem chamado Enrique Porchelo, conhecido por ter beijado todas as mulheres de sua vila. Cansado de tantos rumores, o padre da pequena vila ofereceu um prêmio em moedas de ouro para a mulher que nunca tivesse sido beijada pelo jovem italiano. Ninguém apareceu para reclamar o prêmio e, de acordo com a lenda, o tesouro permanece escondido em algum lugar da Itália. Supostamente, a origem desta história remonta ao dia 13 de abril de 1882.

Sobre a origem do beijo, os evolucionistas concluíram que o que hoje conhecemos como “beijo” foi, no passado, uma forma de alimentação que consistia em mastigar a comida e passá-la para outra boca – a dos filhos, por exemplo. Muito parecida ao que os pássaros fazem com os seus filhotes. Assim, as mães transmitiam, além do alimento, doses extras de zinco, ferro e carboidratos através da saliva, que transferia geradores de anticorpos, além do fato de que a comida pré digerida pode ser absorvida mais facilmente pelo sistema digestivo dos bebês.

Beijar é um excelente exercício que ajuda a queimar calorias liberando adrenalina e noradrenalina que fazem com que o coração bata mais rápido. Também está relacionado com a redução do chamado “colesterol ruim”. Isso mesmo, quem beija bastante tem menos tendência a ter colesterol alto e diminui o stress. Segundo estudos de especialistas, o beijo pode ser comparado a uma droga natural, pois causa um aumento da ocitocina, hormônio responsável por gerar alterações físicas e neurológicas. Curiosamente, o beijo foi proibido na Inglaterra em 1439 pelo rei Henrique VI para evitar a proliferação de bactérias.

Portanto, o Pavio Curto recomenda: beije sem moderação!!

 

Ilustração: Clovis Lima

Fontes: calendarr.com; zankyou.com.br; infobae.com  


14/04/1976 - Assassinato de Zuzu Angel


Zuleika de Souza Netto, a Zuzu Angel, foi estilista brasileira com grande expressão na moda internacional. Ela enfrentou a ditadura militar e denunciou no exterior o que ocorria no Brasil em busca do seu filho Stuart Angel Jones, militante assassinado pelo governo e transformado em desaparecido político.

Conhecida no exterior e com trânsito entre autoridades internacionais, apresentou documentos e depoimentos sobre o que acontecia nos porões da ditadura, inclusive de quem viu seu filho nas celas sendo torturado.

A procura desesperada dos culpados pelo desaparecimento do filho só terminou com sua morte, na madrugada de 14 de abril de 1976, num estranho “acidente” de carro na saída do Túnel Dois Irmãos, no Rio. Hoje o túnel tem o seu nome – “Túnel Zuzu Angel”

Segundo a versão oficial da época, seu carro derrapou e saiu da pista, chocou-se contra a mureta, capotando e caindo na estrada abaixo, matando-a instantaneamente. Uma semana antes do acidente, Zuzu deixara na casa de Chico Buarque um documento que deveria ser publicado caso algo lhe acontecesse, onde estava escrito: "Se eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho".

Em 1998, a Comissão dos Desaparecidos Políticos investigou a sua morte. No relatório final de 2007, depoimentos de duas testemunhas oculares do acidente afirmaram ter visto o carro de Zuzu ter sido fechado por outro e jogado fora da pista, caindo de uma altura de cerca de cinco metros.

Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade recebeu de Cláudio Guerra, ex-agente da repressão que operou como delegado do DOPS a confirmação da participação dos agentes da repressão na morte de Zuzu.

Em 2019, sua filha Hildegard Angel foi ao cartório do Registro Civil com um mandado judicial e conseguiu finalmente as certidões de óbito de sua mãe e de seu irmão. A causa das mortes foi atestada como "não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistêmica e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial”.

 

Texto: Ernesto Germano (editado)

Ilustração: Cristovão Villela 


15/04 – Dia Mundial do Desenhista 



O Dia do Desenhista foi criado em homenagem ao aniversário de um dos mais importantes desenhistas de todos os tempos: Leonardo da Vinci, que nasceu em 15 de abril de 1452, na cidade de Vinci, na Itália. Além de respeitado desenhista e pintor, também foi escultor, pensador, escritor, inovador científico, engenheiro, matemático e filósofo.

Leonardo da Vinci é considerado um dos maiores artistas renascentistas e marcou presença em vários segmentos da arte, principalmente o desenho, que usava como frequência para embasar e registrar seus inventos. A data foi instituída em 2011, através de uma iniciativa da Associação Internacional de Artes (IAA), considerada a maior organização não-governamental de artes visuais, criada em 1954 pela Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

A data homenageia os profissionais e artistas que encantam e fascinam com seus traços e criatividade. O desenhista, além da sensibilidade, precisa entender os sentidos de perspectiva, ângulo, profundidade, luz e sombra na hora de produzir os seus trabalhos. Ele pode atuar em diversas áreas, desde ilustrações voltadas para o entretenimento, arte digital, agências de publicidade ou até mesmo desenhar como um hobby.

Em todo o mundo, inúmeros desenhistas utilizam sua arte de forme engajada, denunciando as opressões e injustiças. No Brasil não é diferente. Entre eles, destacamos Henfil, patrono do Pavio Curto na época do seu primeiro lançamento, em 2001, e atualmente uma das fagulhas que nos inspiram. Ele ficou célebre por desenhos com forte crítica política e social.

Henfil foi um duro opositor da ditadura militar e se engajou de corpo, alma e traço na campanha das Diretas Já e na luta por uma Constituinte Popular, tendo sido um dos principais colaboradores do jornal O Pasquim, referência da imprensa alternativa.

Parabéns aos desenhistas, em especial @s amig@s do Pavio!!

 

Vídeo: Como nasce um desenhista, por Cacinho    

 Fontes: www.calendarr.com; desenhoonline.com; bn.gov.br; 


De 15 a 20/04, 1906 - 1º Congresso Operário do Brasil (RJ)

No início do século XX, instalaram-se as primeiras fábricas no Brasil, dando origem ao operariado industrial. O nascente movimento operário brasileiro recebeu grande influência das ideias anarquistas, atraídas pelos migrantes europeus.

O 1º Congresso Operário do Brasil, realizado em 1906 no Rio de Janeiro, deu origem à Conferência Operária Brasileira, à COB, fundada em 1908, primeira organização operária de caráter nacional do país.

Participaram 43 delegados representantes de 28 organizações operárias de vários estados brasileiros. O programa de lutas aprovado no Congresso, tinha, entre outras propostas: redução da jornada de trabalho, estímulo à sindicalização, regulamentação do trabalho e liberdade de reunião.


Dia 17 – Pascoa 

Feliz Páscoa aos amig@s e seguidores do Pavio Curto1 !!



Ilustração: Clóvis Lima


Dia 17, 1996 

Dia Internacional da Luta Camponesa

No dia 17 de abril de 1996, durante a Marcha por Emprego e Reforma Agrária, em Eldorado dos Carajás, no Pará, 19 trabalhadores rurais foram assassinados e mais de cem pessoas ficaram feridas, numa emboscada da Polícia Militar. A ordem para o ataque partiu do governo paraense, numa ação articulada com os fazendeiros da região.

Um dos sem-terra assassinados foi Oziel Alves, de apenas 18 anos que, preso, foi barbaramente torturado até a morte e obrigado a gritar “Viva o MST!”. Reunidas no México naquela mesa data, organizações camponesas de 67 países articuladas na Via Campesina decidiram transformar o dia 17 de abril no Dia Internacional da de Luta Camponesa.

Um ano depois, em abril de 1997, o MST realizou uma caminhada de mil quilômetros rumo a Brasília. Na chegada, o movimento reuniu mais de 100 mil pessoas em um protesto em defesa da Reforma Agrária e pela punição dos responsáveis pelo Massacre de Eldorado dos Carajás.

Desde então, abril também é marcado como o mês em que são intensificadas as lutas por terras pelo MST e também uma forma de camponeses e camponesas se unirem para lembrar a data e homenagear as vítimas do massacre. É o Abril Vermelho.


Dia 19, 1943 

Dia dos Povos Indígenas 


Para o Pavio Curto, o 19 de abril é mais um dia de luta dos indígenas brasileiros. Luta de muitos povos originários por todo o país, cada um com sua cultura e costumes, que não estão nas telas dos cinemas, nas páginas dos livros didáticos nem nas lendas contadas nas escolas, mas na vida real de milhares de brasileiros. Que sabem, através de uma relação harmoniosa com a Natureza, “ouvir a voz carinhosa da mãe-terra, o suave murmúrio dos rios, a sabedoria antiga do irmão-fogo e a voz fofoqueira do vento”, como nos conta Daniel Munduruku.

Vidas indígenas importam!

O 19 de abril foi escolhido como o dia do “índio” no 1º Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México em 1940. Nesta data, os indígenas passaram a participar oficialmente no congresso, iniciado dias antes.

O Brasil enviou como representante Roquette-Pinto, que não era indígena. Havia também antropólogo, etnólogo e estudioso de povos indígenas, mas nenhum indígena.

O Dia do Índio foi decretado no Brasil em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, que exercia o poder de forma ditatorial no chamado Estado Novo.

Muitas controvérsias são importantes de serem discutidas nesse dia. Podemos começar inclusive pela palavra “índio”. Termo que não define e sim, pode inclusive pejorativamente, ter significados como largado, sujo, selvagem, canibal, bugre.

O melhor termo é indígena, que significa “original do lugar”, um “nativo”.

A comemoração dessa data geralmente costuma generalizar a diversidade indígena, desinformando, discriminando e criando uma imagem equivocada, folclórica e distante da realidade dos povos originários.

O que comemorar?

Para os indígenas a sensação é para que comemorar? Ou o que comemorar? Massacre não se comemora. O que vemos é uma grande contradição. De um lado, uma comemoração oriunda de uma data onde se definiu algumas medidas genéricas a serem tomadas em defesa dos povos indígenas, como "respeito à igualdade de direitos e oportunidades para todos os grupos da população da América" e "respeito por valores positivos de sua identidade histórica e cultural”.

Do outro lado vemos ataques constantes do governo federal aos direitos dos povos indígenas, invasão de terras e péssima administração na saúde dos indígenas na pandemia. Além disso, a sociedade vê os povos originários como personagens folclóricos, de histórias antigas e que não evoluíram. O sistema econômico os vêm como improdutivos e que impedem o desenvolvimento do acúmulo de capital.

As questões dos povos originários parecem muito mais um problema do que um tema de valorização e respeito para comemoração.


Ilustrações: Cristóvão Villela

Dia 21, 1792 – Tiradentes

 


 

A data de hoje homenageia Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, que foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792 por, segundo seu julgamento, liderar um grupo que se organizava para realizar um levante, na então capitania das Minas Gerais, contra a opressão de Portugal sobre o Brasil.

Pesa sobre esta data, muito além do ato heroico de um modesto homem entre seus pares, a lembrança da vil traição daqueles (a)bastardos “bons homens”. “Corajosos” membros da elite colonial, revoltados pela carga tributária sacrificante imposta pela metrópole, que não pensaram duas vezes em clamarem misericórdia à Coroa e, em troca, dar não somente um mísero colaborador subalterno, mas uma punição exemplar que estendeu a servidão brasileira à Casa de Bragança por mais de 100 anos. Não esqueçamos que Pedro I e Pedro II eram, respectivamente, neto e bisneto de Maria I, rainha à época da morte de Tiradentes.

Em uma espécie de delação premiada, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que inclusive era amigo de Tiradentes, denunciou os colegas às autoridades da Coroa Portuguesa para obter o perdão de suas dívidas. Devido ao crime de lesa-majestade (traição à pessoa do rei), considerado gravíssimo, Tiradentes foi enforcado, sua cabeça ficou exposta em um poste em praça pública, na cidade de Ouro Preto, a casa onde morava foi demolida e o terreno foi salgado. Seus descendentes também foram declarados infames.

A classe dominante que matou Tiradentes, mais tarde fez desse dia um feriado nacional. Ela tem medo do povo. Primeiro mata seus líderes, depois levanta estátuas, roubando assim do povo seus próprios símbolos de resistência.

 


Ilustrações: Cristóvão Villela

Fontes: Calendário do MST; marxismo.org; novaescola.org 


22/04/1500 – Invasão do Brasil

Ilustração: Cacinho


22/04 – Dia da Terra




O Dia da Terra é comemorado em 22 de abril e foi criado, em 1970, pelo então senador americano Gaylord Nelson. Naquela data, o senador convocou um grande protesto, nos Estados Unidos, que tinha como pauta a poluição. O evento foi um grande sucesso e contou com cerca de 20 milhões de pessoas preocupadas com os impactos negativos que o ser humano provoca no meio ambiente.

Depois do grande evento nos Estados Unidos, aos poucos a data consolidou-se ao redor do mundo. A partir de 1990, o Dia da Terra passou a ser uma data comemorada em diferentes países. A cada ano, um tema diferente é abordado nele, esses temas são relacionados com a preservação e redução dos nossos impactos negativos no planeta.

O Dia da Terra é uma data importante, pois é um momento de refletirmos a respeito da importância de cuidarmos do nosso planeta e como as ações do dia a dia afetam negativamente a vida nele.

A humanidade, com suas ações, é responsável pela poluição de diversos ambientes, destruição de habitat de várias espécies, aumento da quantidade de pragas, aumento de erosões, ocorrência de chuva ácida, agravamento do efeito estufa, destruição da camada de ozônio, e vários outros impactos negativos.

Hoje presenciamos, por exemplo, um aumento crescente na extinção de espécies, o que é considerado, por alguns cientistas, uma extinção em grande escala. Já passamos por vários processos de extinção em massa, entretanto, nos outros casos, como a extinção dos dinossauros, as causas foram completamente naturais. Atualmente vários seres vivos do planeta estão simplesmente desaparecendo da superfície terrestre devido à atividade humana.

Como sabemos, não temos catalogadas todas as espécies existentes em nosso planeta, e a cada dia descobrimos espécies jamais vistas. Com isso, fica difícil saber ao certo quantas delas estamos perdendo a cada ano. De acordo com a WWF, se existem 100.000.000 de espécies diferentes na Terra e o índice de extinção é de apenas 0,01% ao ano, pelo menos 10.000 espécies são extintas anualmente.

Ainda de acordo com a organização, se considerarmos a menor estimativa do número de espécies no planeta como verdadeira, ou seja, que existem cerca de dois milhões de espécies, teríamos, por ano, uma extinção de pelo menos 200 delas. Esses números são impressionantes e mostram como afetamos negativamente o planeta com nossas ações.

Além da extinção das espécies, não podemos esquecer-nos de que vários estudos sugerem que o ser humano é peça-chave nas mudanças climáticas. Nossa emissão de gases de efeito estufa está contribuindo ativamente para o aumento da temperatura do planeta. As mudanças climáticas são reais e impactam todas as espécies que vivem na Terra, incluindo os seres humanos.

Como efeitos das mudanças climáticas podemos citar: aumento dos nível do mar, que pode resultar na submersão de áreas costeiras; seca e escassez de água em algumas regiões do planeta e aumento exagerado das chuvas em outras; prejuízos na agricultura; extinção de espécies; e aumento do número de casos de várias doenças.

Sendo assim, utilize o Dia da Terra para reflexão. É o momento ideal para repensarmos nossas atitudes em relação ao nosso planeta e também para exigirmos de governantes medidas eficientes no que diz respeito à proteção dele. A data, no entanto, não deve ser vista como uma ação isolada e de um único dia, sendo fundamental que trabalhemos boas ações durante todos os dias do ano para, assim, conseguirmos manter nosso planeta o mais saudável possível.


Fonte: brasilescola.uol

Ilustração: Cacinho


23/04/1942 – Execução de Olga Benário



O Pavio Curto tem fagulhas que o inspiram. São lutadoras e lutadores que, ao longo da história, sonharam e buscaram um país de igualdade, democracia e justiça social. Olga Benário é uma delas e hoje homenageamos sua memória de luta com texto baseado no original do amigo Ernesto Germano Parés, gentilmente cedido ao Pavio Curto.
Olga Gutmann Benário nasceu em Munique, em 12 de fevereiro de 1908. Alemã de origem judaica, tinha 15 anos quando começou sua militância na juventude do Partido Comunista Alemão (KPD). Cresceu dentro do movimento comunista alemão após conflitos de rua contra milícias de extrema-direita.
Em 1934 a Internacional Comunista enviou Olga ao Brasil para apoiar o PCB, junto de Luís Carlos Prestes. Pouco depois se casaram e Prestes já estava organizando uma revolução no país. A intentona fracassou e todos os organizadores, entre eles Benário e Prestes, foram presos. Olga grávida, foi deportada para a Alemanha nazista e entregue a Gestapo.
Ela foi levada para Barnimstrasse, prisão de mulheres da Gestapo, onde teve a filha, Anita Leocádia, hoje historiadora. A criança ficou em poder da mãe até ao fim do período de amamentação e, depois, foi entregue à avó, D. Leocádia, em consequência das pressões da campanha internacional dirigida por Lígia Prestes e pela própria D. Leocádia, que morreria no exílio no México.
Olga foi então transferida para o campo de concentração de Lichtenburg em março de 1938, e em 1939 para Ravensbrück, onde as prisioneiras viviam sob escravidão e eram sujeitas a experiências. Olga organizou atividades de solidariedade e resistência, com aulas de ginástica e história. Essa atuação lhe valeu castigos físicos, confinamento em solitária ou privação de comida, além da restrição na comunicação com parentes e amigos fora da prisão.
Olga foi enviada para o campo de extermínio de Bernburg, onde foi executada na câmara de gás em 23 de abril de 1942 com mais 199 prisioneiras.

Texto (editado): Ernesto Germano

Ilustração:  Cacinho

25/04/1974 – Revolução dos Cravos



É compromisso do Pavio Curto ajudar a contar a história a partir das lutas da classe trabalhadora, já que grande parte da história “oficial” é um relato das elites dominantes. Vamos recordar e conhecer o significado das nossas datas, homenagear nossos mártires, cultivar nossa cultura, valores e tradições.

Neste 25 de abril, comemoramos o 48º aniversário da Revolução dos Cravos, que em 1974 derrubou a ditadura militar fascista imposta por 48 anos em Portugal. Este texto é baseado no original do amigo Ernesto Germano Parés, gentilmente cedido ao Pavio Curto.

A crise a partir do fim da Primeira Guerra Mundial e da posterior quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929, criou as condições para o surgimento do nazismo (Alemanha de Hitler), do fascismo (Itália de Mussolini e Espanha de Franco), além de um regime fascista em Portugal quando António Salazar assumiu o poder, em 1932, implantando a ditadura após o golpe militar de 1926.

Em 1968, Salazar sofreu um derrame cerebral, sendo substituído por seu ex-ministro Marcelo Caetano. E a decadência econômica que o país sofreu, em conjunto com o desgaste de várias guerras coloniais na África, provocou descontentamento na população e nas forças armadas, o que resultou em um forte movimento contra a ditadura.

No dia 25 de abril de 1974 explodiu a revolução. A senha para o seu início foi dada à meia-noite através de uma emissora de rádio tomada pelos rebeldes. Era uma música que havia sido proibida pela censura: “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso.

Os militares depuseram Marcelo Caetano que fugiu para o Brasil. A presidência de Portugal foi assumida pelo general António de Spínola. A população saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura de 48 anos, e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento, dando origem ao nome “Revolução dos Cravos”.

Com o fim da ditadura, também se extinguem os órgãos de punição e censura, sindicatos são legalizados, líderes de oposição retornam do exílio e presos políticos são soltos.


Texto (editado): Ernesto Germano

Ilustração: Cacinho 


26/04/1937 – Bombardeio de Guernica



O Pavio Curto defende a paz e a justiça social. Nas guerras do capital, a maioria que morre é de pobres, negros e indígenas. Este texto é baseado no original do amigo Ernesto Germano Parés, gentilmente cedido ao Pavio Curto.

No dia 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola, a cidade de Guernica, com cerca de 6 mil habitantes, foi impiedosamente bombardeada e praticamente destruída pela aviação alemã, a pedido do general fascista Franco.

Na Idade Média, Guernica ficou conhecida por abrigar o conselho político de Biscaia, onde ocorreu o juramento dos monarcas espanhóis de respeito aos Foros Bascos, que regulamentavam e garantiam os direitos e costumes deste povo.

A escolha de Franco em bombardear Guernica também está relacionada a este simbolismo, pretendendo dessa forma humilhar os bascos que haviam assinado, em 1936, um tratado de autonomia com o Governo Republicano espanhol, ao qual Franco havia declarado guerra.

Na primeira ação, as bombas atingiram a região central da cidade. Ao longo da tarde e da noite, veio o ataque principal dos aviões alemães. A fumaça era tanta que não se distinguiam mais os alvos – casas, pontes e arredores – e os pilotos atiravam sua carga mortal indistintamente.

Caças menores em voos de baixa altitude disparavam metralhadoras contra a população civil. Trezentas pessoas morreram imediatamente e milhares ficaram feridas. Calcula-se que 22 toneladas de explosivos foram jogadas. A rede d'água foi rapidamente destruída, e o fogo se alastrou e consumiu Guernica. Quase todos os prédios foram arrasados.

Guernica transformou-se em símbolo. O ataque foi o primeiro bombardeio aéreo maciço contra a população indefesa de toda uma cidade na história europeia. A partir daí, o terror contra civis passou ser comum.

O pintor espanhol Pablo Picasso captou esse horror em seu quadro antibélico Guernica, pintado em 1937, logo após o massacre. A obra, conhecida como um protesto e uma representação do bombardeio sofrido pela cidade, atualmente está exposta em Madrid, na Espanha.

 

Ilustração: Cristovão Villela 


27/04 – Dia da Trabalhadora Doméstica



O Pavio Curto reafirma a sua solidariedade a quase 7 milhões de trabalhadoras domésticas do Brasil, nesta data em homenagem à italiana Santa Zita, padroeira das empregadas domésticas, que morreu em 27/04/1278. No Brasil, a profissão foi regulamentada pela Lei 5.859, de 11/12/1978, e teve os direitos garantidos na Constituição pela EC 72/2013, conhecida com PEC das Domésticas, regulamentada pela Lei Complementar 150/2015.

“A senzala moderna é o quartinho da empregada.” A comparação feita pela historiadora e rapper Preta Rara denuncia as situações degradantes as quais milhões de trabalhadoras domésticas, em sua grande maioria negras, vivem diariamente. Ela é autora do livro "Eu, empregada doméstica", lançado em 2019.

Segundo Rara, “o trabalho doméstico no Brasil ainda é análogo à escravidão. As trabalhadoras domésticas têm cor e classe: são mulheres periféricas, pobres e pretas. É uma classe julgada como inferior”.

No seu livro, há relatos como de uma trabalhadora doméstica de 73 anos, que chegou no trabalho e o elevador de serviço estava quebrado. O porteiro, a mando dos moradores, a impediu de utilizar o elevador social. “Essa senhora teve que subir até o 8º andar de escadal”.

“Há relatos de trabalhadoras que ficam 8h, 9h sem usar o banheiro porque não tem o 'banheiro de empregada'. Sobre assédio sexual também. Teve uma trabalhadora que fez chave de todos os cômodos da casa, e aí, quando vai limpar, ela se tranca”, revelou.

“Como se fosse da família”. Essa frase é repetida com frequência por patrões abusivos e comumente utilizada para atropelar os direitos da trabalhadora, que não é da família, e sim uma pessoa vendendo sua força de trabalho.

“Aqui no Brasil, o ranço colonial é tão grande que a maioria dos patrões acredita que as trabalhadoras domésticas são propriedade privada. É a questão de servir. Com o livro, o intuito é realmente provocar essa discussão e ser a pedra no sapato. Gerar incômodo. Por meio dele, conseguimos obter mudanças”, afirmou Rara.


Ilustração: Clovis

Fonte: Brasil de Fato


27/04/1938 – Nascimento de Osvaldão



Osvaldo Orlando da Costa nasceu em Passa Quatro (MG). Entre 1952 e 1954 morou em São Paulo, onde cursou Industrial Básico de Cerâmica, formando-se artífice. Mudou para o Rio de Janeiro, onde se diplomou em técnico de construção de máquinas e motores pela Escola Técnica Federal em 1958. Sempre participou ativamente das lutas estudantis.

Osvaldo Orlando, com 1,98 de altura, pesando 100 kg e com sapatos 48 fazia parte da equipe de boxe do Botafogo e foi campeão competindo pelo time. Também tornou-se oficial da reserva do Exército, após servir no CPOR/RJ.

Ingressou no PCdoB e, em Praga, Checoslováquia, formou-se em engenharia de minas. Osvaldão foi um dos primeiros militantes do PCdoB a chegar à região do Araguaia, por volta de 1966-67 e tinha a tarefa de preparar a chegada de novos militantes. Embrenhou-se nas matas e rios se apresentando como garimpeiro e mariscador. Logo tornou-se amigo dos camponeses, participou de caçadas e pescarias, trabalhou na roça, tornou-se grande conhecedor da região.

Em 1969, passou a viver na margem do rio Gameleira, comandou o destacamento B e dirigiu vários combates. Ao lado de Dinalva Oliveira, se tornou o mais conhecido e respeitado guerrilheiro do Araguaia. Ele fazia parte do contingente que rompeu o cerco militar quando atacado por um grande número de tropas do exército em 25 de dezembro de 1973.

Em 4 de fevereiro de 1974, Osvaldão, herói do povo brasileiro e comandante das Forças Guerrilheiras do Araguaia, impulsionadas pelo PCdoB, foi assassinado pela ditatura fascista aos 35 anos de idade Para servir de exemplo e tentar acabar com o mito do guerrilheiro invencível, teve sua cabeça decepada e exposta em público.

Osvaldão, o guerrilheiro que desafiou a ditatura, o gigante negro que despistava os militares com botas viradas que faziam pegadas ao contrário nas marchas pelas matas, virou um encantado, uma entidade do Terecô ou Tambor da Mata, religião afro-brasileira praticada em regiões do Maranhão, Piauí e outros estados. Eternizado como herói do nosso povo.


Foto: Arquivo PCdoB 


27/04 – Dia Nacional da Caatinga 


29/04/1991 – Morte de Gonzaguinha



Gonzaguinha era filho de Luiz Gonzaga, o rei do Baião, e nasceu no dia 22 de setembro de 1945, no Rio. Herdou do pai o nome e o talento para a música. Sua mãe, Odiléia, era cantora e dançarina que morreu de tuberculose com 22 anos de idade, deixando Gonzaguinha órfão aos dois anos.

Criado pelos padrinhos, Seu Xavier e Dona Dina, passou a infância no morro de São Carlos, no Estácio, onde conviveu com a miséria, a falta de infraestrutura e todas as carências da favela. Aos 16 anos foi morar com o pai para continuar seus estudos. Mas teve desavenças com a mulher de seu pai e, por causa disso, foi para um colégio interno. Seus estudos o levaram à Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes, no Rio.

Durante seu período universitário entrou em contato com outros músicos jovens. Fez parte do grupo MAU (Movimento Artístico Universitário) junto com Ivan Lins, Dominguinhos, Aldir Blanc e César Costa Filho.

A grande mudança em sua carreira veio em 1973, quando se apresentou no programa de Flávio Cavalcanti e cantou a música “Comportamento Geral”. Acusado de terrorista pelos jurados, recebeu uma advertência da censura no dia seguinte, mas a polêmica causada levaria sua música a ocupar as paradas de sucesso e seu compacto logo esgotou.

Nessa época, era comum a censura da ditadura militar e a música “Comportamento Geral” foi proibida em todo o país. Gonzaguinha foi levado ao DOPS para prestar esclarecimentos. Mesmo com a perseguição e várias músicas censuradas, gravou os discos: Gonzaguinha (1974), Plano de Voo (1975) e Começaria Tudo Outra Vez (1976).

Esse último disco representou uma virada em sua carreira. A música título foi um grande sucesso, e a partir daí suas composições se tornaram mais românticas, mesmo sem abandonar as preocupações sociais.

Ele então se consolidou como compositor sendo gravado por cantoras como Elis Regina, Simone e Maria Bethânia. No dia 9 de abril de 1991 Gonzaguinha morreu em acidente de carro numa estrada do sul do Paraná.


Ilustração: Cacinho

Fonte:.mpbnet.com.br; ebiografia.com 


30/04/2017 – Morte de Belchior 



Antônio Carlos Belchior foi um cantor e compositor integrante do chamado Pessoal do Ceará, que inclui FagnerEdnardoAmelinha e outros, sendo um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso internacional, na década de 1970.

O Pavio compartilha a bela homenagem do fã Daniel Victor:

Carta aberta aos cinco anos sem a presença física de Antônio Carlos Belchior (o nosso Bel, Belchior, rapaz latino-americano, poeta maior, bardo sobralense, e outros tantos nomes mais que lhe cabem ou que queiram lhe dar)

Bel, desde que você se encantou, vivemos o charme brasileiro de alguém sozinho a cismar chamado saudade. O Brasil se ressente de sua luta e de sua arte, que por tanto tempo, nos acompanharam e nos fortaleceram, mesmo nos piores momentos, seja criticando e denunciando os arbítrios ou apontando alguma luz de esperança no fim do túnel, com o novo, que com certeza, sempre vem.

Por aqui, o seu medo, de rapaz latino-americano, que vinha anunciado desde o golpe planejado e concretizado contra a presidenta Dilma, se justificou. Depois de um governo ilegítimo, passamos a conviver com o fascismo, de um presidente que trabalha contra seu povo e estimula a pior face dele. Nunca se foi tão difícil acreditar no ser humano e ser brasileiro, mesmo que Deus ande do nosso lado. Temos sangrado demais e chorado pra cachorro.

Tenho certeza, que do infinito onde você está, seu olhar é lacrimoso. Apesar de termos feito tudo o que fizemos, fomos jogados novamente neste cenário bárbaro, em que os democratas estão tendo que convencer a sociedade de que é necessário prezar pela liberdade (seja ela política, religiosa ou sexual), conceito tão caro a alguém como você. É, amigo, eu me desesperava.

Mas, se serve de consolo, nem tudo é ruim por aqui. Em Outubro teremos eleições, e dessa vez, não levaremos flores para a cova do inimigo. Teremos a chance de enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo, de dizer NÃO, cortar a carne deles, com esse canto torto, feito faca.

Seu corpo se foi, mas sua voz ativa, aquela que é uma boa, continua cada vez mais viva.

Você sabia! ❤

Ilustração: Cacinho

segunda-feira, 21 de março de 2022

Março

08/03/2022 – Dia da Internacional da  Mulher

 


14/03/1914 – Nascimento de Abdias do Nascimento

 

Abdias do Nascimento (1914 -2011) foi atorpoetaescritordramaturgoartista plásticoprofessor e ativista dos direitos humanos. Indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010, fundou o Teatro Experimental do Negro, o Museu da Arte Negra e o IPEAFRO. Idealizador do Memorial Zumbi e do MNU, atuou a Frente Negra Brasileira, a Negritude e o Pan-Africanismo. Foi fundador do PDT em 1981, chegando a ser vice-presidente da legenda. Foi deputado federal e senador, além de secretário do governo Leonel Brizola no RJ. Abdias também é uma da fagulhas que inspiram o Pavio Curto!

 Fonte: wikipedia.org

14/03/2018 – Assassinato de Marielle

 

21/03 - Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial


22/03 - Dia Mundial da Água



25/03 – 100 anos da fundação do Partido Comunista 

Conhecido inicialmente como Partido Comunista do Brasil e posteriormente como Partido Comunista Brasileiro (PCB), ele é baseado ideologicamente nos princípios do marxismo-leninismo e foi fundado em 25 de março de 1922, em Niterói-RJ, por nove delegados, representando 73 membros.

Participaram do congresso de fundação: Abílio de Nequete (barbeiro de origem libanesa), Astrojildo Pereira (jornalista do RJ), Cristiano Cordeiro (contador do Recife), Hermogênio da Silva Fernandes (eletricista de Cruzeiro, SP), João da Costa Pimenta (gráfico paulista), Joaquim Barbosa (alfaiate do RJ), José Elias da Silva (sapateiro do RJ), Luís Peres (vassoureiro do RJ) e Manuel Cendón (alfaiate espanhol), sendo este último o único que possuía ideologia anarquista, ao invés de socialista.

No I Congresso do PCB foi escolhida a primeira Comissão Central Executiva, composta de dez membros. Em 4 de abril do mesmo ano é publicado no Diário Oficial da União o anúncio da sua fundação, porém com o nome de Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista.

Com expressão nacional e forte penetração nos meios sindicais e estudantis, seu símbolo era uma foice e um martelo cruzados, em amarelo, sobre fundo vermelho, representando a união entre os trabalhadores do campo e da cidade. Também chamado de "Partidão", foi o primeiro partido político brasileiro assumidamente de esquerda. Por diversas vezes, foi colocado na ilegalidade e posteriormente legalizado novamente, razão pela qual sua história permanece em grande processo de disputa.

Ele foi a matriz da qual emergiram vários partidos, sendo que três com registro no TSE afirmam ser seus legítimos sucessores: o Cidadania, antigo PPS; o Partido Comunista Brasileiro (PCB); e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Alguns pesquisadores apontam o PCB, e outros apontam o PC do B como sendo não apenas sucessores, mas sim o velho Partidão, e ambos os partidos apontam sua data de fundação como sendo a data oficial da agremiação fundada na década de 1920, apontando um ao outro como uma dissidência.

Fontes: wikipedia.org; pcb.org.br




31/03/1964 – Golpe Militar


domingo, 20 de fevereiro de 2022

FEVEREIRO

 

12/02/2005 – Assassinato de Irmã Dorothy

Neste 12 de fevereiro completam-se 17 anos do assassinato covarde de Irmã Dorothy. Numa estrada de terra a 53 quilômetros de Anapu (PA), a missionária da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Dorothy Mae Stang, de 73 anos, foi executada com sete tiros por defender os sem-terra. Os latifundiários Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Pereira Galvão foram condenados a 30 anos de prisão como mandantes do crime.

Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Irmã Dorothy afirmou «eis a minha arma! » e mostrou Bíblia.

Norte-americana naturalizada brasileira, Dorothy Stang nasceu em Dayton, no dia 7 de junho de 1931 e chegou ao Brasil em 1966. Desde a década de 1970 atuava na região amazônica, na busca de soluções para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra.

Em Anapu, foi a responsável pela implantação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, modelo de assentamento e gestão que produz uma fonte segura de renda com a colheita de madeira, sem destruir a floresta. A área era disputada por madeireiros e latifundiários.

Irmã Dorothy vinha recebendo ameaças de morte havia mais de um ano, mas não se deixava intimidar: “Não vou fugir nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade, sem devastar”, declarou.

Todo ano, ela é lembrada na Romaria da Floresta, cujo lema é “Celebrar o compromisso de defender a vida da floresta, do povo e do planeta” e reúne lutadores do Brasil e do exterior. É uma caminhada de 55 km, do centro de Anapu até o memorial aos Mártires da Terra e da Floresta, no PDS Esperança. 

A missionária tornou-se um dos maiores símbolos de resistência do MST. Em todo o Brasil, vários assentamentos homenageiam o seu legado. Em Quatis, região Sul Fluminense, foi criado em 2015 o Assentamento Irmã Dorothy. Ela também é uma da fagulhas que inspiram o Pavio Curto!

Fontes: memorialdademocracia.com.br; mst.org.br; averdade.org.br;


12/02/1908 – Nascimento de Olga Benário

Olga Gutman Benário nasceu em Munique, Alemanha, em 12 de fevereiro de 1908. Aos quinze anos, passou a ser militante da Juventude Comunista. Apaixonada por Otto Braum, foi com ele para Berlim, sendo presos em 1926. Liberada após dois meses, enquanto Otto permanecia preso, Olga liderou um grupo que o libertou em abril de 1928. Por essa ousada atitude, ela passou a ser perseguida pelas autoridades alemãs.

Por decisão do PC, o casal viajou clandestinamente para Moscou, onde Olga se tornou destacada dirigente da Internacional Comunista. No final de 1934, já separada de Otto, ela seria incumbida de acompanhar e cuidar da segurança de Luiz Carlos Prestes na viagem de volta ao Brasil, onde o governo Vargas havia decretado sua prisão. Os dois viajaram com passaportes falsos, como se fossem marido e mulher, mas acabaram se apaixonando e tornando-se companheiros de fato durante a viagem.


No Brasil, Prestes foi eleito presidente de honra da ANL, tornando-se a principal liderança do movimento antifascista. Na clandestinidade, após a ordem de Getúlio para fechamento da ANL, Prestes e Olga participaram da preparação da insurreição armada com o objetivo de instalar no Brasil um governo Popular Nacional Revolucionário.



Após as revoltas de 1935, violentamente reprimidas pela polícia, Prestes e Olga foram presos no subúrbio carioca do Méier pela polícia do governo Vargas. Os dois foram separados e Olga foi levada para a Casa de Detenção da rua Frei Caneca, onde foi detida com outras revolucionárias.

Extraditada para Berlim, conseguiu criar a filha até 14 meses, graças à ajuda que recebeu da mãe e da irmã de Prestes. Elas comandaram, em Paris, a campanha internacional de solidariedade aos presos políticos brasileiros, que favoreceu a entrega de Anita à avó Leocádia Prestes, mas não impediu que Olga fosse assassinada em 23 de abril de 1942 na câmara de gás do campo de concentração de Bernburg.

Pouco antes de ser executada ela escreveu: ”Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo”. Olga também é uma da fagulhas que inspiram o Pavio Curto!

 

Fonte: pcb.org.br; ebiografia.com