segunda-feira, 21 de março de 2022

Março

08/03/2022 – Dia da Internacional da  Mulher

 


14/03/1914 – Nascimento de Abdias do Nascimento

 

Abdias do Nascimento (1914 -2011) foi atorpoetaescritordramaturgoartista plásticoprofessor e ativista dos direitos humanos. Indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010, fundou o Teatro Experimental do Negro, o Museu da Arte Negra e o IPEAFRO. Idealizador do Memorial Zumbi e do MNU, atuou a Frente Negra Brasileira, a Negritude e o Pan-Africanismo. Foi fundador do PDT em 1981, chegando a ser vice-presidente da legenda. Foi deputado federal e senador, além de secretário do governo Leonel Brizola no RJ. Abdias também é uma da fagulhas que inspiram o Pavio Curto!

 Fonte: wikipedia.org

14/03/2018 – Assassinato de Marielle

 

21/03 - Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial


22/03 - Dia Mundial da Água



25/03 – 100 anos da fundação do Partido Comunista 

Conhecido inicialmente como Partido Comunista do Brasil e posteriormente como Partido Comunista Brasileiro (PCB), ele é baseado ideologicamente nos princípios do marxismo-leninismo e foi fundado em 25 de março de 1922, em Niterói-RJ, por nove delegados, representando 73 membros.

Participaram do congresso de fundação: Abílio de Nequete (barbeiro de origem libanesa), Astrojildo Pereira (jornalista do RJ), Cristiano Cordeiro (contador do Recife), Hermogênio da Silva Fernandes (eletricista de Cruzeiro, SP), João da Costa Pimenta (gráfico paulista), Joaquim Barbosa (alfaiate do RJ), José Elias da Silva (sapateiro do RJ), Luís Peres (vassoureiro do RJ) e Manuel Cendón (alfaiate espanhol), sendo este último o único que possuía ideologia anarquista, ao invés de socialista.

No I Congresso do PCB foi escolhida a primeira Comissão Central Executiva, composta de dez membros. Em 4 de abril do mesmo ano é publicado no Diário Oficial da União o anúncio da sua fundação, porém com o nome de Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista.

Com expressão nacional e forte penetração nos meios sindicais e estudantis, seu símbolo era uma foice e um martelo cruzados, em amarelo, sobre fundo vermelho, representando a união entre os trabalhadores do campo e da cidade. Também chamado de "Partidão", foi o primeiro partido político brasileiro assumidamente de esquerda. Por diversas vezes, foi colocado na ilegalidade e posteriormente legalizado novamente, razão pela qual sua história permanece em grande processo de disputa.

Ele foi a matriz da qual emergiram vários partidos, sendo que três com registro no TSE afirmam ser seus legítimos sucessores: o Cidadania, antigo PPS; o Partido Comunista Brasileiro (PCB); e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Alguns pesquisadores apontam o PCB, e outros apontam o PC do B como sendo não apenas sucessores, mas sim o velho Partidão, e ambos os partidos apontam sua data de fundação como sendo a data oficial da agremiação fundada na década de 1920, apontando um ao outro como uma dissidência.

Fontes: wikipedia.org; pcb.org.br




31/03/1964 – Golpe Militar


domingo, 20 de fevereiro de 2022

FEVEREIRO

 

12/02/2005 – Assassinato de Irmã Dorothy

Neste 12 de fevereiro completam-se 17 anos do assassinato covarde de Irmã Dorothy. Numa estrada de terra a 53 quilômetros de Anapu (PA), a missionária da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Dorothy Mae Stang, de 73 anos, foi executada com sete tiros por defender os sem-terra. Os latifundiários Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Pereira Galvão foram condenados a 30 anos de prisão como mandantes do crime.

Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Irmã Dorothy afirmou «eis a minha arma! » e mostrou Bíblia.

Norte-americana naturalizada brasileira, Dorothy Stang nasceu em Dayton, no dia 7 de junho de 1931 e chegou ao Brasil em 1966. Desde a década de 1970 atuava na região amazônica, na busca de soluções para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra.

Em Anapu, foi a responsável pela implantação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, modelo de assentamento e gestão que produz uma fonte segura de renda com a colheita de madeira, sem destruir a floresta. A área era disputada por madeireiros e latifundiários.

Irmã Dorothy vinha recebendo ameaças de morte havia mais de um ano, mas não se deixava intimidar: “Não vou fugir nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade, sem devastar”, declarou.

Todo ano, ela é lembrada na Romaria da Floresta, cujo lema é “Celebrar o compromisso de defender a vida da floresta, do povo e do planeta” e reúne lutadores do Brasil e do exterior. É uma caminhada de 55 km, do centro de Anapu até o memorial aos Mártires da Terra e da Floresta, no PDS Esperança. 

A missionária tornou-se um dos maiores símbolos de resistência do MST. Em todo o Brasil, vários assentamentos homenageiam o seu legado. Em Quatis, região Sul Fluminense, foi criado em 2015 o Assentamento Irmã Dorothy. Ela também é uma da fagulhas que inspiram o Pavio Curto!

Fontes: memorialdademocracia.com.br; mst.org.br; averdade.org.br;


12/02/1908 – Nascimento de Olga Benário

Olga Gutman Benário nasceu em Munique, Alemanha, em 12 de fevereiro de 1908. Aos quinze anos, passou a ser militante da Juventude Comunista. Apaixonada por Otto Braum, foi com ele para Berlim, sendo presos em 1926. Liberada após dois meses, enquanto Otto permanecia preso, Olga liderou um grupo que o libertou em abril de 1928. Por essa ousada atitude, ela passou a ser perseguida pelas autoridades alemãs.

Por decisão do PC, o casal viajou clandestinamente para Moscou, onde Olga se tornou destacada dirigente da Internacional Comunista. No final de 1934, já separada de Otto, ela seria incumbida de acompanhar e cuidar da segurança de Luiz Carlos Prestes na viagem de volta ao Brasil, onde o governo Vargas havia decretado sua prisão. Os dois viajaram com passaportes falsos, como se fossem marido e mulher, mas acabaram se apaixonando e tornando-se companheiros de fato durante a viagem.


No Brasil, Prestes foi eleito presidente de honra da ANL, tornando-se a principal liderança do movimento antifascista. Na clandestinidade, após a ordem de Getúlio para fechamento da ANL, Prestes e Olga participaram da preparação da insurreição armada com o objetivo de instalar no Brasil um governo Popular Nacional Revolucionário.



Após as revoltas de 1935, violentamente reprimidas pela polícia, Prestes e Olga foram presos no subúrbio carioca do Méier pela polícia do governo Vargas. Os dois foram separados e Olga foi levada para a Casa de Detenção da rua Frei Caneca, onde foi detida com outras revolucionárias.

Extraditada para Berlim, conseguiu criar a filha até 14 meses, graças à ajuda que recebeu da mãe e da irmã de Prestes. Elas comandaram, em Paris, a campanha internacional de solidariedade aos presos políticos brasileiros, que favoreceu a entrega de Anita à avó Leocádia Prestes, mas não impediu que Olga fosse assassinada em 23 de abril de 1942 na câmara de gás do campo de concentração de Bernburg.

Pouco antes de ser executada ela escreveu: ”Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo”. Olga também é uma da fagulhas que inspiram o Pavio Curto!

 

Fonte: pcb.org.br; ebiografia.com

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

JANEIRO DE 2022

 

04/01/1988 – Morte de HENFIL

Henrique de Sousa Filho, o Henfil, foi desenhista, jornalista e escritor. Ficou célebre por desenhos com forte crítica política e social. Seus personagens mais famosos foram “Os Fradinhos”. Quem não se lembra da Graúna, Zeferino, Bode Francisco Orelana e Ubaldo, o paranoico?

Ao criar personagens típicos brasileiros, renovou o desenho humorístico nacional, assumindo o projeto de “descolonização”, num momento em que as HQs nacionais tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos norte-americanos.

Henfil foi um duro opositor da ditadura militar e se engajou de corpo, alma e traço na campanha das Diretas Já e na luta por uma Constituinte Popular, tendo sido um dos principais colaboradores do jornal O Pasquim, referência da imprensa alternativa nos anos de chumbo.

Era irmão do sociólogo Herbert de Sousa (1935-1997), o Betinho, e do compositor e violonista Francisco Mário (1948-1988). Os três irmãos eram hemofílicos e morreram após contraírem o vírus da aids em transfusões de sangue.

Henfil foi o patrono do Pavio Curto na época do seu primeiro lançamento, em 2001.

Para nós, a sua obra é imortal. Lembrando as palavras do saudoso Hélio Pelegrino em artigo publicado no JB logo após a morte de Henfil: “O humor de Henfil é nossa vingança, nossa forma de soberania incorruptível, que nos faz livres, incondicionais, acima de dilacerações e rancores sem saída.”

 

Fala, Henfil!

“Morro, mas meu desenho fica”.


“Enquanto acreditarmos no nosso sonho, nada é por acaso”.


“É preciso a certeza de que tudo vai mudar;

É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós: onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.

O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração;

Pois a vida está nos olhos de quem sabe ver…

Se não houve frutos, valeu a beleza das flores.

Se não houve flores, valeu a sombra das folhas.

Se não houve folhas, valeu a intenção da semente.”


Desenha, Henfil! 











Charges cedidas pelo Instituto Henfil 


Fontes: MORAES, Dênis de: O rebelde do traço: a vida de Henfil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997; Instituto Henfil 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Dezembro

 1º - Dia Mundial de Luta contra a AIDS

Dia Internacional da Luta contra a AIDS é comemorado anualmente em 1º de dezembroA data tem o objetivo de conscientizar a população sobre uma das doenças que mais mata no mundo: a AIDS.

Não apenas informar as pessoas sobre os sintomas, perigos e formas de se prevenir da doença, o Dia Mundial de Luta contra a AIDS também tem a função de auxiliar no combate contra o preconceito que os portadores de HIV - vírus humano de imunodeficiência - sofrem na sociedade por causa da doença.

Fonte: www.calendarr.com/

10 - Dia Internacional dos Direitos Humanos


Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos ou Dia Internacional dos Direitos Humanos é comemorado em 10 de dezembroA data tem um significado de extrema importância para a história da humanidade e para o modo como as sociedades são constituídas na contemporaneidade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos consiste em 30 artigos que garantem a todos os seres humanos o direito à liberdade, à vida, à segurança e à dignidade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) começou a ser pensada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945 quando o mundo ainda sofria com as consequências bárbaras e violentas da guerra.

Os lideres mundiais se reuniram e prometeram fazer com que a humanidade nunca mais tivesse que presenciar atrocidades como as que haviam sido registradas durante as duas grandes Guerras Mundiais. Para isso, criaram ainda em 1945, a Organização das Nações Unidas - ONU.

Fonte: www.calendarr.com/

13 - Dia Nacional do Forró



O Dia Nacional do Forró – 13 de dezembro – foi instituído por iniciativa da deputada federal Luiza Erundina, autora do projeto de lei sancionado em 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tornou a data oficial. O dia foi escolhido para fazer homenagem ao “rei do baião”, Luiz Gonzaga, que nasceu em Exu (PE) em 13 de dezembro de 1912.

A ideia de um dia oficialmente dedicado ao forró foi dada à deputada Luiza Erundina por Paulinho Rosa, produtor e apresentador do programa Vira e Mexe, da Rádio USP (93,7 MHz). “Isso acabou criando uma série de festas e eventos comemorativos que foi muito importante para a divulgação do ritmo”, diz Rosa. 

Fonte: Jornal da USP


15 - Nascimento de Chico Mendes 


Reconhecido como um dos maiores defensores das florestas de todos os tempos, Chico Mendes ainda é um nome inspirador para lutadores de todo o mundo, 33 anos após sua morte. Inclusive para o Pavio Curto, que o adotou como um dos seus patronos, figurando na galeria das “Fagulhas que nos inspiram”.
Nascido há 77 anos, em Xapuri, no Acre, ele colocou o trabalho dos seringueiros, que vivem da extração de látex na mata amazônica, no centro da agenda ambiental, em um dos legados mais importantes para a luta dos trabalhadores em nosso país.
Seringueiro desde criança, Chico entrou na vida sindical em 1975, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia (AC). As ameaças de morte iniciaram logo depois, e o sindicalista foi preso e torturado em 1979, mesmo exercendo mandato como vereador. Participou da fundação do PT em 1980 e, no ano seguinte, assumiu a direção do Sindicato de Xapuri, cargo no qual destacou-se internacionalmente e que exerceria até sua morte.
Chico Mendes defendia a reforma agrária e lutava pelos direitos dos seringueiros, junto com os povos indígenas da região, que dependiam da preservação da floresta amazônica para a própria subsistência, buscando alianças no combate ao desmatamento e para a extração sustentável de látex e castanha-do-Pará.
Os riscos que Chico Mendes sofria se concretizaram em 22 de dezembro de 1988, quando foi morto a tiros na porta de casa. Os fazendeiros Darly Alves da Silva e seu filho Darcy Alves foram condenados pelo crime, em meio a uma comoção internacional.
A morte, porém, não diminuiu a força de sua luta. Hoje, a área onde ele morava está consolidada como a Reserva Extrativista Chico Mendes, apenas uma das dezenas criadas a partir de sua influência. Atualmente presidido por sua filha Angela Mendes, entrevistada pelo Pavio Curto, o Comitê Chico Mendes atua em projetos socioambientais no Acre, e seu exemplo inspira entidades sindicais e ambientalistas em todo o mundo.

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Novembro

 Novembro

03, 1930 - Dia da Instituição do Direito de Voto da Mulher no Brasil

Nesta data, lembramos o Dia da Instituição do Direito de Voto da Mulher no Brasil. Embora hoje as mulheres representem mais de 52, 5% do eleitorado (TSE-2020), o país ocupa o 140º lugar no ranking de representação feminina no Parlamento, segundo o Mapa das Mulheres na Política 2020, feito pela ONU e pela União Interparlamentar. Portanto, 3 de novembro é dia de comemorar a democracia e lutar para avançar a representatividade feminina na política.

O primeiro voto feminino no Brasil, porém, aconteceu realmente em 1927 na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte: a professora Celina Guimarães, primeira eleitora do país, teve seu alistamento eleitoral permitido pelo governo do estado. A partir de 1933, o voto feminino começou a ser efetivamente exercido em todo o Brasil, mas ainda com restrições: as mulheres só podiam ir às urnas com autorização do marido, se fossem casadas; ou se tivessem renda própria, caso fossem solteiras ou viúvas. Apenas em 1946 o voto tornou-se direito e dever de todas as mulheres, sem restrições.

A conquista do voto feminino não foi uma progressão natural de eventos. Veio por meio da luta de movimentos sociais, em especial, do feminismo, que se consolidou nessa época. O que hoje em dia é chamada de Primeira Onda do Feminismo se fortaleceu com o movimento sufragista, no qual mulheres tinham como bandeira a conquista de direitos políticos.

No Brasil, a luta pelo sufrágio feminino se fortaleceu a partir de 1910, com destaque para ativistas como Leolinda de Figueiro Daltro (1859 -1935), professora e indigenista, a escritora Maria Lacerda de Moura (1887-1945), a advogada Natércia da Cunha Silveira (1905 – 1993) e a bióloga e professora Bertha Lutz (1894-1976). Ela fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, em 1922, iniciativa vinculada ao movimento sufragista internacional, principal tendência do feminismo no início do século 20.

 

Fontes: fisenge.org.br, Agência Câmara de Notícias, cnnbrasil, Agência Brasil, Agência Senado

 

3 – Dia de luta Yanomami

Em 1989 garimpeiros assassinam cinco indígenas Yanomami em Surucucu, em Roraima. O povo Yanomami tem suas terras invadidas por garimpeiros desde os anos 70, o que vem aumentando o número de mortes causadas por malária, fome, alcoolismo e doenças venéreas.

 


04, 1969 – Assassinato de Marighella

Político, guerrilheiro e poeta baiano, Carlos Marighella vivenciou a repressão de dois regimes autoritários: o Estado Novo (1937-1945), de Getúlio Vargas, e a ditadura iniciada em 1964, sendo considerado o inimigo número um pelos militares. Foi preso quatro vezes – a primeira aos vinte anos de idade - e sofreu espancamentos e torturas. 


Começou a militância política bem jovem na Bahia. Sua primeira prisão ocorreu em 1932, após escrever um poema com críticas ao interventor Juracy Magalhães. Em 1936, abandonou o curso de Engenharia e se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), mudando-se para o Rio de Janeiro.

Durante a ditadura Vargas, foi preso por subversão e torturado pela polícia de Filinto Müller duas vezes. Ficou na prisão até 1945, quando foi beneficiado pela anistia do processo de redemocratização do país.

Elegeu-se deputado federal constituinte pelo PCB baiano em 1946, sendo muito bem votado. Mas, nesse mesmo ano, Marighella perdeu o mandato porque o governo Dutra, por orientação dos EUA, cassou todos os eleitos filiados a partidos comunistas.

Impedido de atuar na legalidade, foi para a clandestinidade e ocupou cargos na direção partidária, passando os anos de 1953 e 1954 na China, a fim conhecer a Revolução Chinesa.

Em maio de 1964, após o golpe militar, foi baleado e preso por agentes do Dops dentro de um cinema, no Rio. Libertado em 1965 por decisão judicial, no ano seguinte decidiu se engajar na luta armada contra a ditadura e escreveu o livro ‘A crise brasileira.

Após 33 anos de militância, foi expulso do PCB, em 1967, por divergências políticas. Em 1968 fundou o grupo armado ALN com dissidentes do partido. A organização participou de assaltos a banco e do sequestro do embaixador dos EUA Charles Elbrick, em setembro de 1969, numa ação conjunta com o MR-8. O embaixador foi trocado por 15 presos políticos.

Na noite de 4 de novembro de 1969, Marighella foi surpreendido por uma emboscada na capital paulista. Desarmado, foi morto a tiros por agentes do Dops, em uma ação gigantesca coordenada pelo delegado Sérgio Fleury.

 

Fonte: memoriasdaditadura.org.br

 

5 – Dia Nacional da Cultura

A data foi instituída no Brasil através da Lei 5.579 de 5 de maio de 1979. A celebração foi criada para prestigiar figuras importantes na área da Cultura e Ciência no Brasil e no mundo. O dia 5 de novembro foi escolhido em homenagem a Rui Barbosa (Salvador/BA, 1849 – Petrópolis/RJ, 1923), importante jurista, diplomata, político, jornalista e escritor brasileiro, que nasceu nesse dia no ano de 1849. 

Rui Barbosa foi um dos intelectuais mais importantes do Brasil, tendo sido um árduo defensor da República, do abolicionismo, da justiça, da paz e dos direitos humanos. Foi um dos organizadores da República e coautor da 1ª Constituição brasileira. Orador imbatível e estudioso da língua portuguesa, foi fundador e presidente da Academia Brasileira de Letras em substituição a Machado de Assis.

Em 14 de dezembro de 1890, dois anos após a assinatura da Lei Áurea, que aboliu formalmente a escravidão no Brasil, Rui Barbosa, então Ministro da Fazenda, mandou queimar todos os registros de posse e movimentação patrimonial relativos à escravidão existentes no país. 

Durante muito tempo foi difundido o entendimento de que Rui Barbosa havia praticado esse ato na tentativa de apagar a mancha da escravidão da história do país. A medida na verdade foi uma forma de evitar que os senhores de engenho viessem a exigir indenização aos cofres públicos pelas perdas patrimoniais sofridas pela libertação dos escravos, pois os cálculos das indenizações seriam efetuados com dados contidos nos documentos queimados.

A casa onde viveu a partir de 1895, no Rio de Janeiro, foi comprada pelo governo brasileiro um ano após sua morte, juntamente com a biblioteca, os arquivos e a propriedade intelectual de suas obras. Em 1930, foi aberta ao público como museu e hoje sedia a Fundação Casa de Rui Barbosa, responsável pela preservação e difusão deste acervo.

 

Fontes: caroldiversidade.blogspot.com; ftd.com.br

 

7, 1917 (pelo calendário ocidental) - Revolução Russa

Em fevereiro de 1917, uma marcha pelo dia das mulheres virou um protesto geral, no qual o povo invadiu o palácio e forçou o czar a renunciar, começando a Revolução Russa. Esse primeiro episódio ficou conhecido como Revolução de Fevereiro e levou os mencheviques – grupo moderado, apoiado pela burguesia russa – ao poder.


Um governo liberal
 foi instalado na Rússia – a República de Duma. Seu líder era o príncipe Lvov, que manteve a Rússia na Primeira Guerra Mundial mesmo sofrendo sucessivas derrotas. O fracasso levou à sua substituição por um socialista moderado, Alexander Kerensky, que também não retirou a Rússia da guerra.

O governo de Kerensky adotou algumas medidas que agradaram à burguesia, como a anistia aos presos políticos, redução da jornada de trabalho para oito horas e a liberdade de imprensa. Entretanto, os mencheviques não atenderam às reivindicações dos camponeses – por terras – e nem dos operários – por melhores salários.

Com os russos ainda na guerra e a pobreza se agravando, a oposição bolchevique se fortaleceu. Leon Trotsky, que liderava o soviete de Petrogrado, organizou a Guarda Vermelha com operários bolcheviques. Lenin, que estava exilado na Finlândia, voltou à Rússia clandestinamente e também passou a organizar os sovietes. Para Lenin, os operários deveriam tomar o poder por meio da revolução.

Com lemas simples como “pão, paz e terra”, “todo o poder aos sovietes” e promessas de reforma agrária, os bolcheviques recrutavam mais operários e camponeses para sua causa.

Após meses de organização, os bolcheviques – apoiados pelo povo – derrubaram a República da Duma e instalaram o Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lenin. Começava, assim, a nova fase da Revolução Russa.

A partir desse episódio, conhecido como Revolução de Outubro ou Revolução Bolchevique, iniciaram-se mudanças no sistema econômico russo. Terras da Igreja, nobreza e burguesia foram desapropriadas e concedidas aos camponeses, as indústrias passaram a ser controladas pelos operários e os bancos foram estatizados.

 

Fontes: Politize; Wikipédia

 

7, 1867 - Nascimento de Marie Curie

Manya Salomee Sklodowska, conhecida como Marie Curie, nasceu em Varsóvia na Polônia, no dia 7 de novembro de 1867. Filha de um professor de Física e Matemática do ginásio de Varsóvia e de uma pianista, com dez anos ficou órfã de mãe.



Em 1883, Marie ganhou uma medalha de ouro ao completar o curso ginasial com louvor. Era a terceira filha da família. Com 17 anos, ela começou a trabalhar como governanta e professora para pagar os estudos da irmã mais velha. Depois de formada em Medicina, a irmã ajudou Marie a realizar seu sonho de estudar na Sorbonne, onde anos mais tarde foi a primeira mulher que lá lecionou.  

Em 1893 graduou-se em Física e em 1894 em Matemática. Foi a primeira colocada no exame para o mestrado em Física e no ano seguinte ficou em segundo lugar no mestrado em Matemática.

Em 1895, quando preparava sua tese de doutorado, Marie conheceu Pierre Curie que trabalhava em pesquisas elétricas e magnéticas e em pouco tempo estavam casados.

Em 1903, Marie Curie se tornou a primeira mulher da França a defender uma tese de doutorado. No mesmo ano o casal ganhou o ‘Prêmio Nobel de Física’, por suas descobertas no campo ainda novo da radioatividade, em especial os elementos polônio e rádio. Marie foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física.

Em 1911, já viúva, ela foi agraciada com o segundo ‘Prêmio Nobel’, desta vez de Química, por suas investigações sobre as propriedades e potencial terapêutico do rádio. A cientista tornou-se a primeira personalidade a receber duas vezes o Prêmio Nobel.

Marie Curie organizou o Institut du Radium, que se tornou um grande centro de estudos de física nuclear e de química, onde ela esteve à frente de importantes pesquisas sobre a aplicação do raio X na medicina.

Toda a dedicação de Marie Curie à ciência teve um preço: após anos trabalhando com materiais radioativos, sem nenhuma proteção, ela foi acometida por uma grave e rara doença hematológica, conhecida hoje como leucemia. Marie Curie faleceu perto de Sallanches, França, no dia 4 de julho de 1934.

Fonte: ebiografia.com

 

9, 1988 – Assassinato de William, Valmir e Barroso na Greve da CSN

A Greve de 1988, também conhecida como o Massacre de Volta Redonda, foi um movimento dos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), situada em Volta Redonda (RJ) durante novembro de 1988. À época a CSN era uma empresa estatal e os trabalhadores exigiam do governo Sarney: reajuste salarial, estabilidade no emprego, jornada de trabalho de 40 horas semanais, readmissão dos demitidos em 1987, instauração de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) eleita pelos trabalhadores, fim da perseguição à atividade sindical e divulgação do Sistema de Cargos e Salários da empresa.

Após uma assembleia realizada no dia 4 de novembro, os trabalhadores da CSN decidiram entrar em greve. A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda promoveu a ocupação da usina para paralisar suas atividades. Em 7 de novembro começou a paralisação e, após um confronto com a Polícia Militar, os trabalhadores tomaram o controle da empresa. A direção da CSN solicitou na Justiça a reintegração de posse e a intervenção do Exército.

No dia 9 de novembro, o Exército e a PM começaram a dispersar a população no bairro de Vila Santa Cecília e invadiram a usina, procurando retomá-la. Em meio à ação militar, três operários foram mortos pelas forças de segurança: Carlos Augusto Barroso (19 anos), Walmir Freitas Monteiro (27 anos) e William Fernandes Leite (22 anos). Barroso morreu de traumatismo craniano como resultado de uma coronhada que levou enquanto estava caído no chão. Já Walmir e William foram baleados. Segundo relatos de diretores do Sindicato dos Metalúrgicos, Walmir foi atingido nas costas, à tarde, num dos locais de concentração dos trabalhadores, enquanto que William foi baleado no pescoço, à noite, na estação de resfriamento de água por tiros que teriam partido do escritório central da CSN. Além dos mortos, a operação militar deixou mais de cem feridos.

Fonte: Wikipedia

 

12 – Dia Mundial do Hip Hop

 

14 – Dia Nacional da Alfabetização

 

15, 1989 – Proclamação da República

O Brasil substituiu a Monarquia pela República na noite de 15 de novembro de 1889. Não foi um movimento popular e sim uma articulação de alguns líderes do Exército, mas havia muitos descontentes com o Império, já em declínio. Essa falta de povo foi suprida em 1993, quando, em um plebiscito nacional, 44.266.608 brasileiro(a)s definiram que este seria o nosso sistema de governo (apenas 6.843.19, cerca de 10% dos que compareceram às urnas, votaram na Monarquia).

Esse ‘governo do povo, para o povo e pelo povo’, porém, ao longo da história brasileira, teve muitas faces: oligárquica e coronelista, na República Velha (até 1930), modernizadora e autoritária (na Era Vargas, até 1945), liberal-democrática (até 1964), ditatorial (do golpe de 1º de abril daquele ano até 1985) e esta etapa atual, que tem como marco jurídico mais importante a avançada e nem sempre cumprida Constituição Cidadã, promulgada em 1988.

Uma boa maneira de celebrar a Proclamação da República é lançar um olhar sobre as suas deficiências, trazendo questões que nos coloquem em movimento.

Na busca do melhor ideal de República, cabe perguntar: 1) como anda a participação popular na vida pública?; 2) como eliminar a influência do poder econômico nas eleições?; 3) qual o zelo para com o dinheiro público?; 4) existe igualdade de oportunidades para todos?; 5) a transparência na gestão é praticada?; 6) tem sido respeitada a diversidade de culturas, hábitos, etnias e orientações das pessoas?

A superação dessas insuficiências não é só tarefa das ‘autoridades’, mas desse que dá legitimidade ao regime: Sua Excelência, o Povo. A ele, com luta e consciência, cabe ‘republicanizar a República’.

Autor: Chico Alencar – professor e historiador

Fontes: movimentorevista.com.br; odia.ig.com.br

 

17 - Dia Internacional da Tolerância

 

18, 1929 - Guerra das mulheres ou Aba Women's Riots

Foi uma insurreição na Nigéria britânica que ocorreu em novembro de 1929. A revolta começou quando milhares de mulheres ibos do distrito de Bende, Umuahia e outros lugares no leste da Nigéria viajaram para a cidade de Oloko para protestar contra o Chefe de mandado, a quem acusavam de restringir o papel das mulheres no governo. O Aba Women's Riots de 1929, como foi nomeado em registros coloniais britânicos, e é considerado uma revolta anticolonial estrategicamente executada e organizada pelas mulheres para corrigir as questões sociais, políticas, e problemas econômicos. O protesto abrangeu mulheres de seis grupos étnicos (ibibios, andonis, orgonis, ubanis, opobos e ibo). Foi organizado e liderado pelas mulheres rurais das províncias Owerri e Calabar. Durante os eventos, muitos Chefes de mandado foram forçados a renunciar e dezesseis tribunais nativos foram atacados, a maioria dos quais foram destruídos.

 

19 – Dia da Bandeira

 

20 - Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é uma referência à morte de Zumbi de Palmares, negro pernambucano que nasceu livre e foi escravizado aos seis anos de idade. Foi líder do Quilombo dos Palmares e morto em 20 de novembro de 1695 na região de Alagoas. Sua vida foi marcada pela luta contra a escravidão que terminou oficialmente 190 anos após sua morte — no dia 13 de maio de 1888 com a Lei Áurea.

A memória em relação à Consciência Negra mostra sua relevância quando vemos os dados da desigualdade racial que ainda existe no Brasil. Em 2019, o IBGE lançou uma pesquisa chamada “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça” que mostra que pretos e pardos - 56% da população brasileira - têm os piores indicadores de renda, moradia, escolaridade, serviços, etc.

O estudo também revelou que a taxa de analfabetismo entre negros era de 9,1%, cinco pontos percentuais superior à da população branca. A taxa de negros fora das escolas chega a 19%.

O Atlas da Violência 2020 mostra que a taxa de homicídios entre negros cresceu 11,5% de 2008 a 2018, enquanto a de não negros caiu 12%. Ao todo, os negros somam 75,9% dos assassinados entre este período. Ou seja: para cada indivíduo não negro morto, 2,7 negros são assassinados.

Os altos índices de mortalidade, desemprego e desigualdade racial mostram o impacto da falta de políticas e políticos comprometidos com essa causa no Brasil. Enquanto o Brasil não se assumir racista, o negro continuará sendo oprimido. 

aumento da representatividade de grupos periféricos é fundamental para a construção da democracia brasileira. É necessário dar voz e lugar de fala para aqueles que mais precisam e utilizam das políticas públicas sociais, ouvir novas opiniões e construir uma democracia mais representativa, igualitária e justa.

Por isso, valida-se a importância do Dia da Consciência Negra, reforçando a essencialidade de ações para inserção do negro na sociedade e meios para lutar contra práticas racistas, o que inclui acesso à direitos básicos e maior expectativa de vida.

 

Fonte: oxfam.org.br

 

20 - Dia Internacional da Memória Transgênera

O Dia Internacional da Memória Transgênera ocorre todos os anos no dia 20 de novembro. Este dia é dedicado à memória de todos aqueles que faleceram vítimas de violência transfóbica ou preconceituosa. Além de prestar homenagem aos falecidos trans (transexuais e transgêneros), este dia serve como uma chamada de atenção para a violência sofrida na comunidade trans.

 

22 – Dia do Músico 



 Você já deve ter visto aquele meme de internet – baseado em fatos reais, registre-se – que descreve o seguinte diálogo:

— O que você faz da vida?

— Sou músico!

— Ah, legal! Mas trabalha com o quê?

Infelizmente, o nosso sistema de educação não dá o valor devido à música e ao músico. A carreira de músico é muito difícil, especialmente no Brasil, onde não se costuma valorizar a arte, o que prejudica o desenvolvimento desses profissionais. Entretanto, a música está muito presente nas nossas vidas, e muitas vezes nem nos damos conta disso: nas trilhas sonoras dos filmes, nas festas, e até nos aniversário, quando se canta o tradicional “Parabéns pra você”.

No entanto, existe o Dia do Músico, celebrado em 22 de novembro, quando a Igreja Católica comemora o Dia de Santa Cecília, padroeira da música, que cantava tão bem que um anjo desceu para escutar. Na cultura grega existe o mito de que os deuses pediram para Zeus criar divindades que pudessem cantar para as vitórias. Zeus, então, se uniu à Mnemosia, que personificava a memória na mitologia grega, e nasceram nove entidades chamadas “Musas”, daí a origem da palavra música.

O filósofo grego Platão dava à música um papel fundamental na educação. Ele dizia que o sistema de formação humana tem que ter dois componentes importantes: a ginástica para o corpo, e a música para a alma. Mas primeiro se inicia com a música, porque se formamos a alma humana, ela pode formar e educar o corpo — ao contrário, se educamos o corpo, nem sempre conseguimos formar a alma. Portanto, promover a música — e o músico — é fundamental para a formação humana.

“Sem música, a vida seria um erro”, decretou outro grande filósofo, Nietzsche.

A música comunica interioridade, sendo percebida pelos ouvidos e recebida pela mente. E são os corações e mentes dos músicos que criam melodias, harmonias e ritmos, repletas de paisagens interiores de suas experiências. O músico dá som aos sentimentos; a música conforta a alma das pessoas. É o espírito tomando forma. Seus ritmos movem nossas mãos, pés e corpos com as vibrações do universo.

Não se sabe ao certo quando e onde surgiu a música. Há quem defenda que os primeiros músicos tentavam imitar o canto dos pássaros. A música pode ser considerada a mais perfeita das artes, a que não se pode apalpar, a mais democrática e acessível a todos, pois qualquer um pode ouvir. Não se sabe como a música começou, mas podemos imaginar como ela pode acabar: é só observar a parada de sucessos atual das rádios e internet. Os músicos de verdade são pessoas determinadas e que merecem todo o nosso respeito e admiração, principalmente em nossa sociedade, na qual existem tantas dificuldades para se exercer dignamente esta profissão.

Texto: Leandro Souto Maior 

Ilustração: Mani Ceiba 

 

22-27, 1910 – Revolta da Chibata

Há 111 anos, explodia a Revolta da Chibata, quando centenas de marujos se insurgiram e tomaram os quatro navios da Marinha, entre os quais os encouraçados Minas Gerais e São Paulo, as mais poderosos barcos de guerra da época. Eles exigiam o fim das chicotadas aplicadas aos acusados de indisciplina, como se fazia com os  escravos na época da Colônia e do Império.  



Como o governo ignorava as reclamações, os marinheiros pressionaram de forma mais drástica. Atacaram os comandantes dos navios, assumiram os timões e viraram os canhões para o Rio. Depois dos primeiros disparos, eles apresentaram um ultimato ao presidente da República, marechal Hermes da Fonseca: se as chicotadas não fossem proibidas, a capital iria pelos ares.

Ao terminar o levante, os marinheiros conquistaram o fim dos castigos corporais e a aprovação pelo Congresso de anistia aos revoltosos. O governo, entretanto, descumpriu os acordos e baixou uma norma autorizando a Marinha a demitir os homens tidos como indisplinados. Em seguida, aprovou no Congresso o estado de sítio com apenas o voto contrário do então senador Ruy Barbosa.

Na sequência, marujos foram perseguidos e presos. Alguns morreram em masmorras, asfixiados por nuvens de cal virgem lançadas pelos carcereiros. Outros foram fuzilados no alto-mar, acusados de tramar nova revolta. Muitos foram levados para o Acre, onde trabalharam como escravos na extração da borracha, na extensão de linhas telegráficas e na construção de ferrovias.

João Cândido, líder da revolta, foi poupado. Ele passou pela cadeia e por um manicômio. Expulso da Marinha e na pobreza, viveu o resto da vida vendendo peixe e recebendo ajuda de marinheiros gratos pelo fim da chibata. João Cândido morreu em 1969, aos 89 anos de idade.

Em 1974, o samba O Almirante Negro, de João Bosco e Aldir Blanc, eternizado por Elis Regina, que homenageava João Cândido, sofreu censura e, para ser liberado, teve que ser rebatizado de O Mestre-Sala dos Mares. A Revolta da Chibata só começaria a entrar nos livros escolares na década de 1980.

 

www12.senado.leg.br; brasil.elpais.com; brasildefato.com.br

 

24 - Dia Mundial da Ciência

 

25 - Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher

A data é celebrada anualmente para denunciar a violência contra as mulheres no mundo e exigir políticas em todos os países para sua erradicação. Ela foi estabelecida no 1º Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe realizado na Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs Mirabal. Las Mariposas, como eram conhecidas – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo governo do ditador Rafael Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana.

Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e assassinadas por agentes do governo militar, que tentaram simular um acidente. A morte das irmãs provocou diversas revoltas e acelerou a queda da ditadura.


Em 1999, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a data como o "Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher” a fim de defender a extinção da violência que destrói a vida de mulheres e é considerada um dos grandes desafios dos direitos humanos.

Em 2020, a violência contra a mulher agravou-se com o isolamento social. Em todo o mundo, o índice de violência doméstica cresceu, assim como as denúncias de estupro, em todos os continentes. A violência contra a mulher está presente e acontece no lugar que deveria ser seguro para elas, a própria casa. Isso evidencia que a cultura do patriarcado e o machismo estrutural existente ainda objetificam as mulheres, e muitos homens sentem-se no direito de humilhar, ofender, agredir e matar suas companheiras ou ex-companheiras.

No Brasil, o Disque 180 é a Central de Atendimento à Mulher, a denúncia é anônima e pode ser feita a qualquer hora. A Lei Maria da Penha está em vigor há 15 anos e visa prevenir e punir a violência contra as mulheres no país. Ao procurar a Defensoria Pública, advogados podem ser disponibilizados para quem não tem condições financeiras de contratar um profissional para sua defesa, e também é possível solicitar medidas protetivas às vítimas.

 

Fontes: modoparites.com.br; vogue.globo.com; defensoriapublica.pr.def.br

 

29 - Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino



Em 2020, pouco antes do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, 164 países, inclusive o Brasil, votaram a favor do direito dos palestinos à autodeterminação em sessão da ONU realizada em 19 de novembro. Depois de votar contra no primeiro ano do governo Bolsonaro, o Brasil voltou à sua posição histórica em relação ao conflito na Palestina ocupada.

“O voto do Brasil pelo direito palestino à autodeterminação é louvável e apreciável, mas não há autodeterminação sem fronteiras específicas, recursos naturais e um território claramente definido”, explicou Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal).

A data foi escolhida pela ONU em 1977, pois foi em 29 de novembro de 1947 que a Assembleia Geral adotou a Resolução 181, o Plano de Partilha da ONU para a Palestina.

O Dia Internacional da Solidariedade lembra ao mundo que a questão da Palestina continua sem solução e que o povo palestino ainda espera pelo cumprimento de seus direitos nacionais, civis e humanos. “É um dia para a humanidade renovar seu compromisso com o povo palestino. Nunca devemos permitir que tal limpeza étnica aconteça novamente”, convocou Rabah.

- Devemos manter nossas tradições, cultura, idioma e identidade. Se não o fizermos, então nossos filhos e os filhos de nossos filhos e assim por diante não reconhecerão mais sua ancestralidade palestina. Devemos também ocupar lugares em parlamentos, governos e sociedade civil, incluindo sindicatos, partidos políticos e outras associações, escolas e universidades – disse o presidente da Fepal.

O sonho de um Estado palestino independente ainda não viu a luz do dia, mas o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino é uma ocasião para celebrar sua incrível resiliência e força. Eles continuam determinados a ficar em suas terras, enquanto os refugiados não desistem de exercer seu direito legítimo de retorno, apesar dos esforços contínuos de Israel para apagar a identidade palestina e eliminar a própria existência do povo palestino.

Fontes: fepal.com.br; middleeastmonitor.com

 

29 – Nascimento de Conceição Evaristo