Henrique de Sousa Filho, o Henfil, foi desenhista, jornalista e escritor. Ficou célebre por desenhos com forte crítica política e social. Seus personagens mais famosos foram “Os Fradinhos”. Quem não se lembra da Graúna, Zeferino, Bode Francisco Orelana e Ubaldo, o paranoico?
Ao criar
personagens típicos brasileiros, renovou o desenho humorístico nacional,
assumindo o projeto de “descolonização”, num momento em que as HQs nacionais
tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos
norte-americanos.
Era irmão do
sociólogo Herbert de Sousa (1935-1997), o Betinho, e do compositor e violonista
Francisco Mário (1948-1988). Os três irmãos eram hemofílicos e morreram após
contraírem o vírus da aids em transfusões de sangue.
Henfil é o patrono do Pavio Curto desde
a época do seu primeiro lançamento, na versão impressa, em 2001.
Para nós, a sua obra é imortal.
Lembrando as palavras do saudoso Hélio Pelegrino em artigo publicado no JB logo
após a morte de Henfil: “O humor de Henfil é nossa vingança, nossa forma de
soberania incorruptível, que nos faz livres, incondicionais, acima de
dilacerações e rancores sem saída.”
Fala, Henfil!
“Morro, mas meu desenho fica”.
“Enquanto acreditarmos no nosso
sonho, nada é por acaso”.
“É preciso a certeza de que tudo vai
mudar;
É necessário abrir os olhos e
perceber que as coisas boas estão dentro de nós: onde os sentimentos não
precisam de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e
aprender sua duração;
Pois a vida está nos olhos de quem
sabe ver…
Se não houve frutos, valeu a beleza
das flores.
Se não houve flores, valeu a sombra
das folhas.
Se não houve folhas, valeu a intenção
da semente.”
Fontes: MORAES,
Dênis de: O rebelde do traço: a vida
de Henfil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997; Instituto Henfil
Ilustrações: Henfil, Clovis, Cacinho
e Cristóvão
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